José Luís de Oliveira - Zélus

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Campinas / Brasil Afirmativo, São Paulo, Brazil
O sangue do Negro Africano, Índio Brasileiro e dos Imigrantes Europeus, correm em minhas veias, Brasileiro sem dúvida nenhuma. Campineiro da gema, apaixonado por Campinas - (SP) sua história, arquitetura e povo. Nasci em 21 de Agosto de 1964, em uma família, de quatro gerações de ferroviários, homens que passaram suas vidas entre o ferro fundido dos trilhos, e o fogo das caldeiras. Iniciei minha vida no ramo da metalurgia, seguindo os passos dos homens de minha família. No chão de fábrica ... Não, demorou muito para que, tomasse consciência, da importância, da eterna luta de classes, em busca de melhores condições de vida e inclusão social. Hoje militante do movimento negro, costumo dizer, que não escolhi ser do movimento negro, o movimento é que me escolheu. Meu bisavô Armando Gomes fundou a Liga Humanitária em 28 de novembro de 1915. A luta do povo negro, é distinta, e não pode ser, refém de partidos, e interesses meramente pessoais. Jornalista e Artista Plástico, resolvi usar este espaço, para relatar, o dia a dia, do nosso povo, o brasileiro.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Monumento é limpo no dia das Mães: integrantes do Museu do Negro do Cambuí livram a estátua Mãe Preta da sujeira e das pichações. Correio Popular, Cam

Uma homenagem diferente às mães e, em especial, às mães negras. Esta foi a idéia de um grupo de representantes do Museu do Negro do Cambuí, que realizou ontem uma verdadeira “faxina” no monumento à Mãe Preta, localizado na Praça São Benedito, em frente à Igreja São Benedito.“Nós protocolamos um documento junto à Prefeitura no ano passado, pedindo arestauração do monumento, que estava abandonado”, contou Geraldo Mendes, integrante do Museu do Negro do Cambuí. Sem querer esperar mais devido ao estado de abandono da estátua, eles decidiram agir e escolheram o Dia das Mães para fazer a homenagem. Mendes executou a limpeza do monumento junto com o coordenador do Museu, Maurifio X. A limpeza, que começou por volta das 10h, no fmal da manhã já mostrava um lado novo do monumento, livre de pichações. A estátua da Mãe Preta foi construída pela Federação Paulista dos Homens de Cor de Campinas, na década de 70. Mas há vários anos o monumento histórico vem sofrendo com a pichação.

PROGRAMA


O Dia das Mães, apesar de ser considerada por muitos uma data comercial, é para ser comemorada em família, segundo as próprias mães. Esta é a visão de Angela Maria de Souza Coelho, que foi à Lagoa do Taquaral com os filhos Henrique, de 10 anos, e]Helena, de 1 ano e oito meses. “O dia é especial porque direciona a atenção para a pessoa que cuida de você 365 dias do ano”, disse.Já Matildes Bongiovanni, que mora em Cosmópolis, tirou o Dia das Mães para fazer um passeio em Campinas com as filhas Bianca, de 24 anos, e Bruna, de 3. Elas visitaram a Lagoa doTaquaral pela primeira vez e aproveitaram paraandar de pedalinho juntas.Para Matildes, o Dia das Mães é mais que especial. “É um dia nosso para ficar com os filhos e por mais que falem que todo dia é dia das mães, este é um momento especial”, comentou.Andar de pedalinho pela primeira vez também foi a forma encontrada por Maria Angela Pinke para se divertir com o neto Vitor Pinke de Oliveira Basso, 5 anos. Maria Angela, que tem três filhas diz que o Dia das Mães deve ser dedicado à família. “Toda família deveria procurar estar junta nesta data para aproveitar ao máximo a presença da mãe”, recomendou.Ainda em seus primeiros dias como mãe, Marta Gonçalves Nascimento de Lima segurava orgulhosa a pequena Ruth KeUy, de apenas um mês. Ela comemorou, ontem, junto com o marido Clãudio Rodrigues de Lima, seu primeiro Dia das Mães. “Não dá nem para explicar o que é ser mãe, mas é um sentimento muito bom”, afirmou.

Fomentar a criação e a constante vivificação de Museus do Negro, isto deveria prioridade na valorização da história do povo negro

[PDF]
Folder de divulgação do 1º Encontro Estadual da Consciência Negra ...
Formato do arquivo: PDF/Adobe Acrobat - Ver em HTMLfomentar a criação e a constante vivificação de Museus do Negro. Esses deveriam ser espaços. interativos para a valorização da história do povo negro na ...www.revistadeeducacaopopular.proex.ufu.br/include/getdoc.php?id=268&article=112&mode=pdf - Páginas Semelhantesde M Erlan

Overmundo reclama do fechamento do Museu do Negro

Cara deixa eu te falar, estou aqui na minha cidade, Campinas SP e hoje fui ao museu do Negro, pois quero fazer um documentário sobre a importância do negro na formação desta cidade. Sabe o que encontrei? O museu de portas fechadas. A casa sendo alugada e os vizinhos dando graças a Deus, pois era uma negrada naquele pedaço... Olhei para ele, e tive vontade de vomitar, de cuspir no rosto deles... Mas virei às costas e me fui. Agora achei uns livros maravilhosos de um professor negro da Unicamp ele já morreu, mas tem muita coisa boa lá, mas estou com medo de não arrumar nenhum patrocínio, da TV local não comprar a idéia, mas se eu tivesse pelo menos como levantar uma grana, para fazer este documentário, eu nem queria TV, eu queria mesmo era levar de cidade em cidade, nas praças públicas p 2 ou 3 mil pessoas e rir da cara destes bostas.E você com roteiros e não participou do festival ACI- Globo Cine... Viu que quem ganhou foi à coreana KIM, a Gaiata? Aqui do overmundo? Da uma olha da no texto dela, monólogos. Maravilhosa idéia. Valeu grande!

Em Campinas temos o Museu do Negro, na rua Emilio Ribas, Cambuí. Mas, infelizmente, a casa não recebe ajuda nenhuma e é mantida pelo idealismo puro e


O Kenji fez um comentário interessante. Na verdade há bons museus afro-brasileiros, como a Casa do Benin, no sopé do Pelourinho. Mas ele tem razão ao dizer que são poucos. E certamente falta divulgação a eles. Preferimos, claro, acorrer em massa a qualquer exposiçãozinha itinerante de quadros de segunda de Renoir, por exemplo. Já os comentários do MarcosVP me surpreenderam. Primeiro, porque não dá para comparar a trajetória dos cristãos novos na Península Ibérica com a dos negros no Brasil. Na verdade, não dá sequer para comparar os cristãos novos com os mouros no mesmo lugar. Cristãos novos foram perseguidos, sim; mas o que havia não era preconceito racial, e sim religioso: bastava abjurar o judaísmo e suas vidas estavam resolvidas. Infelizmente, negros não podem trocar de cor. Mouros também não. Além disso, cristãos novos não costumavam ser escravizados em Portugal; mouros, sim. E como aqueles tinham dinheiro, e Portugal sempre foi um Estado mercantil antes de agrário, os “assassinos de Cristo” eram interessantes para o Reino. A verdade é que, embora não tenha sido nenhum passeio, a situação dos judeus e ex-judeus em terras de Portugal e Espanha foi muito mais confortável do que em outros lugares. E eles tiveram um papel importantíssimo na formação do Brasil, graças ao seu espírito empreendedor e à vocação para o comércio. Quando o assunto é especificamente o Brasil, a coisa piora. Não dá para comparar a trajetória dos negros com a de nenhuma outra etnia aqui. A grande diferença entre africanos e outros imigrantes é que portugueses, alemães, italianos, japoneses vieram para o Brasil seduzidos por promessas de terras, empregos ou simplesmente de uma vida melhor. Os africanos vieram porque alguém os acorrentou e os enfiou no porão de um navio tenebroso, para levar chicotada na lavoura de cana de açúcar. Eles jamais tiveram escolha. E isso faz toda a diferença. Não é demais lembrar que, no mesmo instante em que libertava de vez os escravos, sem nenhuma compensação porque aqueles crioulinhos deviam se dar por felizes por serem livres, um Brasil recém-reeuropeizado e envergonhado de sua jequice tentava seduzir caucasianos europeus — normalmente camponeses analfabetos — com ofertas de terras. Não interessava que em casos como o de uma colônia de alemães no Recôncavo Baiano a coisa degenerasse ao máximo, ao contrário do que acontecia em tantos quilombos ou em pequenos lotes de terra. Europeus tinham que ser melhores que os nativos. Parece significativo que brasileiros tenham tanto orgulho de carregar sobrenomes italianos ou alemães, quase esquecendo que a maioria esmagadora da emigração para o Brasil era de camponeses semi-analfabetos que fugiam da fome, e despreza sua ascendência negra — mesmo que esses antepassados tenham sido muitas vezes mais letrados que seus donos, e sempre tenham se destacado como artesãos. E esse orgulho da ascendência européia vem, sim, de certo preconceito racial, confessado ou não. Mas o que me incomoda mais é o argumento de que afinal a escravidão já existia na África, como o Marcos lembrou. É um dos argumentos que me irritam, porque sempre são citados como atenuante da desumanidade brasileira escravista. Isso permite uma analogia simples. Uma moça é constantemente estuprada. Pela lógica alegada pelo Marcos, isso me dá o direito de estuprá-la também, já que ela era estuprada antes. O fato é que nada, absolutamente desculpa o fato de que o Brasil importou dezenas de milhões de escravos africanos. Esse argumento sequer deveria ser citado. Se lá havia ou não escravidão, é problema deles. Não se pede reparação para os escravos africanos do Sudão; o problema são os afro-brasileiros. Além disso, é sempre bom lembrar que historicamente há três coisas em que somos realmente bons, talvez os melhores do mundo: samba, futebol e tráfico de escravos. O Brasil sucedeu Portugal no domínio mercante do Atlântico Sul. E o que mercadejávamos eram africanos. Quanto aos problemas étnicos na África, tampouco custa lembrar que os maiores responsáveis por isso são — bidu! — os europeus, com sua política canalha de colonização e exploração da África. O Marcos provavelmente não sabe, mas um exemplo perfeito é o Congo. Para explorar borracha e marfim, o rei Leopoldo II, da Bélgica, foi o autor de um dos piores genocídios da história: mais de 30 milhões de mortes em poucas décadas. (O filme Appocalypse Now deriva, no fim das contas, dessa história medonha.) E isso não foi há muito tempo: foi há menos de 100 anos. A Criss falou sobre as revistas direcionadas ao público negro. Reclamar de uma revista dirigida ao público negro — que não vê, por exemplo, sugestões de cortes de cabelo ou cuidados específicos com a pele nas revistas “comuns” de moda — pode denotar que essa afirmação do valor da etnia negra acaba incomodando ou, pelo menos, chamando a atenção. Mas ainda que a situação não fosse essa, parem e dêem uma olhada. Vejam quantos negros aparecem nas capas das revistas brasileiras. Isso é fácil de fazer. Basta dar uma olhada superficial na banca da esquina. Se vamos reclamar da revista Raça Negra, vamos reclamar também das revistas dirigidas a empresários, a advogados, a costureiras. Até uma revista chamada “Sociologia” apareceu nas bancas recentemente, o que para mim é o primeiro anjo tocando sua trombeta para o fim dos tempos. O fato é que o post, porque faz algumas reparações ao Estatuto da Igualdade Racial, e porque discorda do espírito geral apontado por ele, despertou uma série de comentários curiosos. Do meu ponto de vista, a diferença entre o post e os comentários é que, enquanto o post reconhece o problema racial e social mas discorda de alguns pontos da solução proposta — e acha que essa solução é eminentemente social, e não racial –, a maior parte dos comentários ia de encontro justamente à questão racial.
Como eu disse, dá o que pensar.
November 23rd, 2006 at 10:21 am
Ivone says:
Olá, Rafael

Todos os dias venho por aqui para ler seus textos e os comentários feitos a eles e quero dizer que gosto muito da forma e do conteúdo de sua escrita. Depois de tantos acessos silenciosos, hoje resolvi me manifestar por algo que aconteceu ontem numa escola aqui da zona sul do Rio. Segue:
Uma amiga contou ontem que na escola em que dá aula uma professora estava dizendo que acha absurdo o Bolsa Família e outros programas de assistência do governo. Outro professor contestou dizendo que deixaram a miséria crescer e se aprofundar por décadas, que agora têm que arcar com o ônus. Discordo do argumento por achar que não se trata de deixaram, mas de deixamos. Deixamos quando acreditamos em alguns mitos sobre a pobreza e a miséria e quando confirmamos e propagamos alguns preconceitos. E também quando embora não os tenhamos, não fazemos nada para combatê-los. Mas minha necessidade em por minha angústia e desgosto no papel não reside aí. A professora não entendeu o argumento, achou que o professor havia concordado com ela e completou: “pior é ver estas crianças da rocinha, todas com aparelho nos dentes, porque o governo federal agora dá o tratamento dentário a elas”. Sinceramente, nem sei por onde começar. Fiquei e sempre fico muito chocada e dolorida com a falta de generosidade, empatia, consideração, compaixão e humanidade das pessoas. Sei que por aí, por aqui, por todo lugar, está cheio de pessoas assim, mas não consigo naturalizar uma coisa dessas. Nem ignorar. Eu sou daquelas que ainda sente um gosto muito amargo quando vê todos os dias o paradoxo de “moradores de rua”. Moradores sem moradia. Ora, ora. O governo não dá nada, para começar, pois pagamos impostos. E esta idéia de que pobre não paga imposto é torpe, pois pobre também compra de pão a sabão, e em tudo há imposto. O que o pobre não paga é imposto de renda, pelo fato mais óbvio: não tem renda para isso. Está sempre abaixo do limite da declaração obrigatória. Então, o que o governo faz é optar em como e no que investir o imposto. Neste caso está devolvendo o imposto lá nos dentes da meninada. Interessante que ontem eu ouvi esta história por ter comentado, ao ser atendida numa lanchonete por uma menina com total estrabismo divergente, que mesmo que ela tivesse um boa graduação, falasse uma ou mais línguas estrangeiras, onde ela trabalharia com aquela aparência? Ela poderia ter feito secretariado executivo, falar inglês e francês que, ainda assim, não seria secretária. Questão de exclusão pela aparência. Foi aí que minha amiga lembrou do ocorrido na escola e me contou. Ora, dentes podres e tortos também são excludentes. E, claro, ainda há a questão da saúde. Até outro dia, revisando um texto de fisioterapia, eu poderia pensar em questões de saúde bucal ou algumas inflamações, podendo chegar à infecção, pois disso eu já sabia. Agora, tendo revisado este trabalho, soube que alguns problemas bucais afetam até a postura, ao longo do tempo. Será que tudo isso não é mais do que suficiente para que eu deseje que todas as crianças, adolescentes, jovens, adultos, idosos e mais o que for, tenham acesso a tratamento dentário? Que lógica perversa é essa que defende que se o meu filho ou eu usamos aparelho é porque pagamos para isso e que o menino favelado não pode porque ele não pagou da mesma forma que eu (afinal paga de outra!)? Que lógica perversa é essa que não entende que são meninos e meninas (crianças!), indo à escola todos os dias, aliás, por exigência do governo para não perderam os benefícios, e que isto pode quebrar com o ciclo perverso que seguiram seus avós, seus pais e que eles também seguiriam? Que lógica perversa é essa em que vivem algumas pessoas que não pensam que um dia podem falir, ficar na miséria e precisar de assistência? E de solidariedade. Esta que desconhecem e fazem questão de não conhecer agora. Não entendo esta lógica perversa e peço a todas as forças boas do universo que jamais me permitam conhecer.
Amém.
Um grande abraço,Ivone.
November 24th, 2006 at 3:29 pm
says:

Em Campinas temos o Museu do Negro, na rua Emilio Ribas, Cambuí. Mas, infelizmente, a casa não recebe ajuda nenhuma e é mantida pelo idealismo puro e simples. O acervo é pequeno, embora interessante. E divergências entre os diretores ameaçam a casa de fechar as portas no ano que vem. Em tempo: belas palavras Ivone! Seu desabafo deveria ser lido pelas crianças brasileiras na escola

o presidente do Museu do Negro de Campinas, que convidou a JR-IRJ para apresentar o vídeo sobre o furacão Katrina e também uma discussão sobre a campa

Construção do 10ºENJR em Campinas

11 de março de 2008

Nesse sábado, 8 de março, estivemos presente no evento da CUT em comemoração ao dia internacional da mulher. A Juventude Revolução - IRJ montou uma banca para a venda dos nossos cadernos de formação e para difusão da carta chamado para o encontro. Estabelecendo o diálogo com pessoas na rua e com participantes do evento tivemos a oportunidade de conhecer o José Luís de Oliveira - Zélus - Presidente do Museu do Negro de Campinas, que convidou a JR-IRJ para apresentar o vídeo sobre o furacão Katrina e também uma discussão sobre a campanha de Cynthia Mckinney à presidente dos EUA.Na tarde de ontem recebemos o apoio do SINTP (Sindicato dos Trabalhadores em Pesquisa, Ciência e Tecnologia – SP) que nos cedeu um carro com um tanque de gasolina para o envio de 4 delegados ao encontro de Juiz de Fora. Agora estamos batalhando por mais um tanque de gasolina e pelo dinheiro para as inscrições dos delegados. Nosso instrumento de arrecadação é a venda de uma rifa de Jose Sacco que trata sobre a questão Palestina em forma de quadrinhos.Nosso objetivo é levar 3 delegados da UNICAMP e 1 delegado da cidade de Jacareí – SP. Daniel SantosÉ estudante de Ciências Sociais – Unicamp e militante da Juventude Revolução - ISJ.

Museu do negro no You Tube

YouTube - Campinas, a Princesa D'Oeste
Uma homenagem à cidade de Campinas.Visitamos uma parte das mais conhecidas ... Museu do Negro - EsPCEx - Estádios - Maria Fumaça - Estação Guanabara ...www.youtube.com/watch?v=O4wTb_q08nc - 75k - Em cache - Páginas Semelhantes

Memória do Museu Negro - Revista Sarau - Unicamp








1. Vista da fachada principal do Museu do Negro antes do fechamento. Fonte: Acervo da CSPC e MNC

2। Registro de identificação de Adão Bernardino na Sociedade Humanitária Operária। Fonte: Acervo da CSPC e MNC

3. Foto de Agostinho dos Santos trabalhando como Guarda Civil em São Paulo, em 1947. Fonte: Acervo da CSPC e MNC




Carolina Bortolotti de Oliveira e Gabriela Veras Iglesias



O primeiro registro sobre a existência de um possível museu na residência situada na rua Emílio Ribas dá-se em 15 de agosto de 2001, quando Geraldo Mendes, que havia comprado aproximadamente 18% do imóvel em 1994, o indica para tombamento, por ser um dos últimos exemplares de existência e interação da comunidade negra na região do Cambuí. A notícia de tombamento não é bem aceita, a principio, pelo senhor Agostinho que possuía os 82% restante da casa e, portanto, sua posse. Porém, em julho de 2002 vende sua parte ao Geraldo Mendes e passa a abraçar a causa, tornando-se a principal referência de uma memória viva sobre um passado que a casa materializava: um reduto da convivência de uma comunidade negra que, durante décadas, refletiu o processo de integração entre a comunidade negra livre e a sociedade branca da região. Em 2002, o Museu abrigava um pequeno acervo de pertences referente à família Santos, que se destacara na comunidade como uma família com boa posição social dentro de uma sociedade pós-abolicionista: tratava-se dos registros de Adão Geraldo dos Santos, Adão Bernardino dos Santos e Agostinho dos Santos. O primeiro objetivo proposto para o local era o de sua utilização como ponto de atividade entre a atual comunidade negra, contribuindo, dessa maneira, com o movimento de resistência que, todavia, persiste em nossa sociedade, a trajetória da Família Santos. A casa está localizada no quadrilátero delimitado pelas ruas Emílio Ribas, Santo Antônio, Antônio Lapa e Sampaio Ferraz. Muitas famílias de negros viveram nessa área do Cambuí, já na primeira metade do século XIX, constituindo uma comunidade que se caracterizava, principalmente, pelo cultivo agrícola e de subsistência. O bairro, nessa época, era considerado periferia da cidade e passagem de tropeiros – onde está situado o Largo de Santa Cruz - havendo apenas fazendas nessa região. Posteriormente, com a abolição dos escravos, formaram-se vários cortiços neste mesmo local, na transição do século XIX para o século XX. Enquanto isso, a burguesia enriquecida pelo café mostrava seu status arquitetônico através dos palacetes e das residências requintadas, principalmente no entorno da Praça Imprensa Fluminense – hoje o Centro de Convivência - junto à Avenida Júlio de Mesquita. Logo após a abolição e com a chegada dos imigrantes, os trabalhadores negros ficaram marginalizados na economia cafeeira da região de Campinas, concentrando-se no campo ou em trabalhos informais. Neste contexto, Adão Geraldo dos Santos, filho de escravos e nascido em 1880, se destaca por realizar um trabalho mais independente, que envolvia relações sociais e habilidades específicas: tratava-se de seu empreendimento familiar na área de transporte de tração animal - o coche - utilizado intensamente na locomoção de pessoas e de cargas advindas dos fluxos diários da Companhia Mogiana e da Companhia Sorocabana. Com o sucesso do trabalho, ele adquire um lote de terreno da antiga fazenda, que pertencia à família Bueno de Miranda, onde inicia a construção de sua casa, e futuro Museu do Negro, em 1911. Visando adequar a estrutura do local para o empreendimento que realizava, constrói nos fundos uma cocheira e um estábulo e, no terreno ao lado, um bebedouro para cavalos. A atividade envolvia toda a família, sobretudo seu filho mais velho, Adão Bernardino, que também herdou do pai a profissão de cocheiro. Nas duas primeiras décadas do século XX, Campinas crescia rapidamente, fruto das estradas de ferro que rasgavam o interior paulista, transformando-a de uma simples província em um centro cafeeiro. Para acompanhar essa conjuntura enriquecedora, o surgimento da energia elétrica foi fundamental para potencializar algumas técnicas e reciclar outras, como a dos bondes de tração animal e dos trens de tração a vapor, os quais, respectivamente em 1911 e 1921, seriam substituídos pela tração elétrica. Adão Bernardino, que dava continuidade aos negócios do pai, falecido em 1914, percebe simultaneamente as dificuldades do trabalho. Impossibilitado de manter e modernizar o empreendimento paterno perde a posse dos coches e passa a trabalhar como maleiro na estação ferroviária, onde foi registrado, em 1953, como carregador. Entretanto, lá o trabalho era mais lucrativo, considerando os recebimentos paralelos das comissões, sobretudo por sua qualificação distinta em falar um pouco de outras línguas e praticando sua habilidade eventualmente com os passageiros estrangeiros com quem tinha contato. Tendo constante preocupação com os empreendimentos e a estabilidade financeira, recorre a várias associações existentes que “visavam prestar serviços à população de cor, numa tentativa do negro criar um mundo paralelo ao do branco, em resposta às suas dificuldades ou impossibilidades de sobrevivência, não apenas física, mas também cultural.” Estas abrangiam desde a assistência hospitalar e funerária até a organização político-social, que muitas vezes se originavam no próprio trabalho. Temos registro de que Adão Bernardino associou-se a vários tipos, tais como a Liga Humanitária dos Homens de Cor, em 1934, a Sociedade Beneficente Isabel Redentora, em 1936, e a Associação Humanitária Operária em 1934. Dessa maneira, conseguiu viabilizar vários investimentos para a família, chegando a adquirir, no fim da vida, um patrimônio constituído de dois terrenos e três casas, entre elas nosso atual museu, que foi herdado pelo seu filho, Agostinho dos Santos. Nascido em 1925, ele pertence à terceira geração e pôde desfrutar as melhores condições financeiras e sociais da família, sempre tendo os estudos pagos pelo pai e sendo fundamental a passagem pelo Colégio São Benedito, que teve papel importante no “processo de afirmação do homem negro campinense livre, enquanto cidadão e ser capaz de perfeitamente integrar-se ao modelo, idealizado pelo grupo branco, de qual deveria ser o lugar do negro na sociedade”. Formou-se no curso técnico de contabilidade no Colégio Bento Quirino, porém, por não encontrar emprego nesta área, ingressou na guarda civil em 1947, em São Paulo, cidade onde, pelo fato do número de guardas negros ser maior, a perspectiva de uma situação melhor era crescente, além de propiciar certa posição social como policial civil. Sempre que seu pai ficava doente, vinha a Campinas para ajudá-lo em sua recuperação, porém, numa dessas ocasiões, Agostinho se fixa momentaneamente na cidade, passando a ser permanente desde de 1972, ano da morte de seu pai. Desde a primeira geração, a família Santos teve como concepção religiosa o catolicismo, passando de pai para filho o costume de ir as missas e prestar devoção aos santos católicos. Em seu depoimento, Agostinho nega o envolvimento de sua família com a cultura religiosa de raiz negra, o candomblé, afirmando que a maioria dos negros que conhecia eram católicos. Este cenário reflete, portanto, a situação delicada acerca da questão religiosa dentro da comunidade negra em meados do século XX. Havia uma dualidade entre os próprios negros no que se refere à concepção religiosa. Dividiam-se entre os que seguiam o culto da religião de origem negra, sofrendo como conseqüência forte repressão por parte da população civil e militar, uma vez que eram vistos como feiticeiros; e os que freqüentavam as Irmandades, sobretudo a Irmandade de São Benedito, local que propiciava uma inserção do negro dentro da religião católica, predominante na sociedade campineira. Dessa forma, fica claro que para ser aceito no convívio social enquanto cidadão negro livre, o fato de freqüentar uma Irmandade era vantajoso e muitas vezes necessário, o que provocou em várias gerações o completo afastamento da religião de origem. Desde o desenvolvimento deste estudo, realizado para o histórico do processo de tombamento na CSPC , muitos fatores ocorreram modificando o rumo do Museu do Negro, entre estes o falecimento do Sr. Agostinho, em maio de 2004. Desde então, o local mantém as visitas e os diálogos com a comunidade, mas focaliza especialmente a área artística, uma vez que o local foi cedido como ateliê para Aluízio Geremias, artista plástico negro que, vivenciando os cordões de carnavais de Campinas, retrata-os em suas obras.



Carolina Bortolotti de Oliveira, Arquiteta e urbanista, especialista em Patrimônio Arquitetônico, mestre em Urbanismo pela PUC-Campinas.e-mail: linabortolotti@yahoo.com.br




Gabriela Veras Iglesias, Graduanda em História pela USP.e-mail: gv.iglesias@gmail.com








Museu do Negro entre os endereços mais importantes

PARQUE MEMORIAL QUILOMBO DOS PALMARES
Localização: Serra da Barriga – União dos Palmares – Alagoas
http://www.quilombodospalmares.org.br/index.php

MUSEU AFRO-BRASIL
Rua Pedro Álvares Cabral, s/nº
Pavilhão Manoel da Nóbrega
Parque do Ibirapuera, portão 1004094-050 -
São Paulo, SP
Outros telefones: 5579-8542 / 5579-7716 / 5579-6399
http://www.museuafrobrasil.prodam.sp.gov.br/index_01.asp
Email:educmuseuafrobrasil@yahoo.com.br

MUSEU AFRO-BRASILEIRO
Endereço: Terreiro de Jesus /
prédio da Antiga Faculdade de Medicina
- Centro Histórico, Salvador – Bahia
Telefone: (71) 3321-2013Fax: (71) 3321-2013
HORÁRIOS DE FUNCIONAMENTO:
Seg a sexta das 9:00 às 18:00h /
Sábados e domingos das 10:00 às 17:00h
http://www.ceao.ufba.br/mafro/

Museu do Negro de Campinas
Rua Emílio Ribas, 1468- Cambuí
Tel: 19-3254-3621
Horário: diariamente das 14h às 18h

O MUSEU DO MARAJÓ
Avenida do Museu 1983 - Cachoeira do Arari – Pará
http://www.museudomarajo.com.br/expneg.cfm

CAFUA DAS MERCÊS
Rua Jacinto Maia – São Luis – Maranhão
Funciona das 09h00min às 18h00min,
de segunda a sexta-feira.
http://www.patrimonioslz.com.br/pagina362.htm

MUSEU SENZALA NEGRO LIBERTO
Situada em Redenção - Ce,
as margens da CE-060 a 50Km
de Fortaleza (Capital do Estado).
085 / 3332 1116 085 / 9618 2231
http://www.engenholivramento.com.br/
Email:museusenzala@yahoo.com.br

INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE ALAGOAS
Rua do Sol, no 382, Centro – Maceió / AL
Telefone: 223-7797http://www.ihgal.al.org.br/

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Acervo anuncia novo Museu do Negro - Correio Popular - 2 dezembro de 2007


Fundamentais e esquecidas, negras são tema de livro - Correio Popular - 28 de agosto de 2007

Sarau e Café Literário - Lançamento do Livro Mulheres Negras do Brasil

5° Aniversário do Museu do Negro de Campinas




Quilombolas - Metropole - 19 de agosto de 2007

Exposição apresenta a cultura Quilombola - Correio Popular - 9 de agosto de 2007

Exposição Quilombola reafirma resistência negra - Vermelho




14 DE AGOSTO DE 2007



Exposição Quilombola reafirma resistência negra no Brasil



Em cartaz até o dia 06/09, no Museu da Imagem e do Som de Campinas, a exposição ''Quilombolas - tradições e cultura da resistência'' é muito mais do que uma exposição de fotos e documentação das comunidades negras remanescentes dos quilombos. Ela reafirma a história do Brasil e resgata a importância do quilombo urbano - forma contemporânea de resistência num território étnico onde o negro organiza e reproduz sua cultura. A exposição traz fotos de André Cypriano e pesquisa de Rafael Sanzio Araújo dos Santos. Mãe Preta, homenagem em território que pertencia aos negros . Para José Luis de Oliveira, presidente do Museu do Negro, Campinas é uma das únicas cidades brasileiras a ter quilombos urbanos. Segundo ele, os quilombos urbanos começam a se fortalecer na cidade a partir de 1903. Eram várias formas de resistência como, propriedade de terrenos e entidades de auxílio mútuo - como a Liga Humanitária dos Homens de Cor - precursora, dentre outras coisas, da previdência social brasileira. A definição de territórios particulares na cidade não impediu que a comunidade negra fosse agredida pelas várias formas de racismo. Luis destaca dois exemplos, a Igreja do Rosário - que era freqüentada por negros e foi demolida para ''dar passagem ao progresso'' com a construção de uma nova avenida; e a estátua em homenagem à Mãe Preta. ''A estátua fica num espaço no centro que pertencia aos negros'', afirma. Hoje, o território é ocupado por prédios de apartamentos que, se pertencem a negros, não pertencem mais à comunidade. Dona Sinhá - cidadã histórica do movimento negro campineiro - lembra que o racismo ainda era forte até os anos 70. Na década de 50, ela estudava numa escola pública no centro e sempre que podia, ao sair da escola, tentava participar do auditório de um programa da rádio local, pois era fã de uma cantora da época. Jovem ainda, ela não atentava para o fato de o vigia da rádio sempre inventar uma desculpa para que ela não participasse do programa. ''Havia também as ruas e praças dos brancos e dos negros, um não freqüentava o território do outro, e isso em plenos anos 70'', recorda. Luis aponta ainda o preconceito embutido na exigência cartorial e jornalística de grafar a entidade, atividade etc, como de homens de cor. ''Sem isso, você não conseguia o registro, nem a divulgação da atividade'', afirma. Segundo ele, os problemas da elite racista aumentaram quando as ferrovias começaram a contratar negros para trabalhar. Os negros que estavam trabalhando passaram a desenvolver formas de resistência e solidariedade. ''Foi nesse contexto que surgiram os quilombos urbanos'', diz. Na entrada da exposição, um painel destaca o significado aproximado de Quilombo na língua Banto: acampamento, habitação, floresta e guerreiro; e clareia espíritos ao informar que na região central da bacia do Congo, quilombo significa ''lugar para estar com Deus''. A diretora do projeto da exposição, Denise Carvalho, divide a curadoria com Lucrecia Caruso. O MIS Campinas está localizado no Palácio dos Azulejos (rua Regente Feijó, 859 - centro/Campinas/SP). A exposição ''Quilombolas - tradições e cultura da resistência'' está aberta à visitação publica de terça a sexta-feira das 10 às 18h e aos sábados das 10 às 16h. A entrada é gratuita. Informações e contatos: (19) 3236.7856.

De Campinas, Agildo Nogueira Jr.




Miss tem exposição sobre quilombolas - Ver & Ouvir - agosto de 2007

Quilombolas - Tradições e cultura da resistência

V Semana da Capoeira - Para não deixar a Capoeira morrer - 2007

5° Semana de Museus - Museus e Patrimônio Universal

Homenagem ao ativista negro Armando Gomes - Ver & Ouvir - abril de 2007

Exposição comemora Mês da Consciência Negra - Correio Popular -19 de novembro de 2006


Respeito à origem - Gazeta do Cambuí -10 de novembro de 2006

Exposições na Estação Cultura lembram a história do negro - Correio Popular - 18 de maio de 2006


4° Semana de Museus - 18 de Maio dia Internacional de Museus

4° Semana de Museus - 2006 Ano Nacional de Museus




Cultura negra: exposições vão até o dia 8
02/06/2006, 16:15Autor: Alberto Dini

Foram prorrogadas até o próximo dia 8 de junho as exposições "Jovens Negros de A a Z" e "Jovens Negros e Memória", abertas no último dia 18 de maio, no saguão da Estação Cultura (Praça Marechal Floriano Peixoto, s/nº, Centro). As mostras podem ser visitadas de 2ª a 6ª feira, das 8h às 18h, com entrada gratuita.Museu do Negro de Campinas. A primeira exposição mostra o acervo do Museu do Negro de Campinas "Agostinho dos Santos". Segundo o diretor José Luiz de Oliveira, a criação do Museu do Negro “nasceu da necessidade da comunidade negra de dar a sua versão histórica dos fatos, ou seja, o negro por ele mesmo, direito que não pode ser negado a nenhuma nação, povo ou indivíduo”. Segundo o diretor, a idéia de fundar o Museu do Negro surgiu durante uma feijoada promovida por Leonice Sampaio Antônio (a Tia Nice do Acarajé), em 21 de julho de 2002. O nome escolhido é uma homenagem ao co-fundador Agostinho dos Santos, já falecido, participante ativo de diversas entidades da comunidade negra de Campinas. Nesta exposição, disse José Luiz, O Museu do Negro busca reinventar o diálogo com a juventude. Para ele, esse é também um dos maiores desafios que se colocam para os museus, classificados como espaços que trabalham com patrimônio, identidade, cidadania, cultura, memória e diversidade.

Museu Cultural Negro

Já a segunda exposição reúne o acervo do Museu Cultural Negro de Campinas "Armando Gomes". Segundo José Luiz, esta entidade foi fundada em 1º de maio de 2003, por Neusa Leni Franco, neta de Armando Gomes, um dos principais líderes sindicais e comunitários das três primeiras décadas do século XX. Trabalhando nas linhas férreas e engajado na luta pela igualdade social e racial, Armando Gomes fundou em 28 de novembro de 1915 a “Liga Humanitária dos Homens de Cor”, entidade assistencial e de defesa dos direitos da comunidade negra, que compunha a maioria da mão-de-obra do sistema ferroviário, informou o diretor. Também participou da fundação da “Associação Humanitária Operária Campineira”, em 16 de abril de 1916, além de escrever para os jornais militantes como o “Getulino”, fundado pelo jornalista negro Lino Guedes, e “Combate”, ambos das duas primeiras décadas do século XX.

1° Raizes Negras do Rock

1° Mostra Afro-Cine Brasil


Exposição Fotografica - Negros de A a Z

1° Salão Negro de Humor - Correio Popular

1° Salão Negro de Humor

1° mês da Consciência Negra - 2005

Museu do Negro de Campinas - Francisco de Lagos - Secretário Interino de Cultura Esporte e Lazer de Campinas - Correio Popular - 11 de abril de 2006


Museu do Negro de Campinas - Pedro Paulo Correia Torres - Jornalista - Correio Popular - 8 de abril de 2006


Museu do Negro de Campinas no Raio x

Museu do Negro - Lindo e comovente

Museu conta período pós escravidão - Jornal Fala Nego - Ano I - N° 2 - março / abril

Acarajé com o dela não se encontro por ai - Jornal Fala Nego - Ano I - N° 2 - março / abril

Tia Nice e o Museu do Negro, o sonho de uma baiana em Campinas - Jornal Fala Nego - Ano I - N° 2 - março / abril

Vetos sentidos

Museu do Negro de Campinas - Portas Fechadas - Gazeta do Cambuí - 6 de janeiro de 2006






















Onde Deus fez a morada - Gazeta do Cambuí - 6 de janeiro de 2006





Folia de Reis

De origem Europeia no Brasil a tradição nacionalizou e enegreceu. O dia 6 de janeiro é o Dia dos Três Reis Magos, ou da Folia de Reis. Diz a tradição que, quando os três Reis Magos, Gaspar, Melchior (ou Belchior) e Baltazar, viram a Estrela de Belém no céu, foram ao encontro de Jesus, que havia nascido. Ofereceram ao menino Jesus, como presente, ouro, incenso e mirra, que simbolizavam a realeza, a divindade e a imortalidade. Segundo a tradição, um era negro, o outro branco e o terceiro moreno, representando toda a humanidade. Muitos países celebram a data, e a Folia de Reis é comemorada de modo particular em cada região do Brasil.Em alguns países europeus, a Festa de Reis é celebrada com mais solenidade que o Natal e os presentes são dados no dia 6 de janeiro. Nessa data, os magos são colocados no presépio e o menino Jesus na manjedoura é trocado por um maior, que fica no colo da Virgem Maria.Na Espanha, a data é chamada de Festa de Reis. Na Itália, festa da "Befana" (uma velha bruxa que dá presente para as crianças). No dia de Reis é costume desfazer as decorações natalinas, guardar os enfeites e desmontar os presépios.

Grupo de Folia de Reis

Festa de Reis no BrasilNo Brasil, principalmente no interior, acontecem os chamados Reisados ou Folias de Reis, festas folclóricas que receberam a influência das origens européias da celebração, mas que adotaram formas e expressões locais na música, na dança e nas orações, dependendo da região do país.Uma das festas culturais mais ricas do folclore brasileiro, acontece entre primeiro e seis de janeiro, quando as chamadas "companhias" vão de casa em casa cantar os seus versos acompanhados de violas, violões, sanfonas, pandeiros, triângulos, caixas e instrumentos de corda. Alguns vestem fardas e máscaras. O restante dos componentes usa uniforme, geralmente calças e camisas sociais. De porta em portaO embaixador da companhia é responsável pela organização geral e pela bandeira. É ele quem cria, como um repentista, os versos principais, de acordo com a profecia, ou seja, de acordo com as passagens da viagem dos três reis magos até Belém, a história de Maria e São José e o nascimento do menino Jesus. As companhias vão de porta em porta durante os seis dias de festa. Segundo a tradição, os versos só podem ser cantados na casa da pessoa, que deve ter uma imagem do menino Jesus na manjedoura ou um presépio.Aqueles que recebem a visita do Reisado em suas casas (representando a visita dos Reis Magos a Jesus) devem oferecer alguma comida a seus integrantes, que agradecem ao hospedeiro e seguem para o próximo destino. No dia de Reis, 6 de janeiro, a bandeira retorna à casa do embaixador

A frase em resumo ! - Correio Popular - 4 de janeiro de 2006

Museu do Negro é tema de Mostra Fotografica de Fábio Teixeira

Museu do Negro é tema do Correio Escola


Correio Escola - 2006


Mostra de fotos da RAC movimenta escola de Campinas


A exposição, realizada por repórteres fotográficos da RAC, modificou a rotina dos alunos e foi tema de diversas atividades


Lígia Moreli, da Agência Anhangüera


Painéis com imagens variadas de cenas tristes, alegres e curiosas do cotidiano registradas por um jornal bastaram para quebrar a rotina da Escola Estadual "Gustavo Marcondes" , de Campinas. A exposição de fotos levada para a instituição de ensino pela Rede Anhangüera de Comunicação (RAC), dentro do projeto Correio Escola, proporcionou aos alunos, além da oportunidade de apreciar o trabalho realizado pelos repórteres fotográficos da empresa, uma palestra com um dos fotógrafos participantes da mostra, Humberto de Castro. A escola foi a primeira a receber a exposição itinerante, que deverá percorrer outras 31 escolas públicas e particulares de Campinas e região.Durante uma hora e meia o repórter esteve na mira do verdadeiro bombardeio de perguntas de alunos de 6ª a 8ª série. Os olhos brilhavam diante das histórias de risco, aventura e de momentos emocionantes vividos pelo jornalista. A curiosidade dos alunos não se esgotava e muitos não escondiam a alegria em ter contato com um mundo tão mágico que leva a tragédias, grandes fatos e personalidades.Orientados pela professora Ângela Junquer, que também é coordenadora pedagógica do projeto Correio Escola, os alunos fizeram exercícios de produção de textos baseados na observação das fotos. "Cada aluno escolheu a foto que mais gostou e fez primeiro uma descrição da imagem. Depois cada um criou a sua história a partir da foto escolhida e, por último, um texto opinativo" , explicou a professora. Além disso, os estudantes elaboraram perguntas para fazerem ao repórter fotográfico durante a palestra, que foram desde curiosidades sobre o dia-a-dia da profissão, até questões técnicas sobre fotografia.Durante sua explanação, Castro falou um pouco sobre a produção da mostra fotográfica, destacando os diferentes estilos de cada repórter e mostrando aos alunos que cada pessoa tem uma visão diferenciada da mesma realidade. "Se eu der uma câmera para cada um de vocês e pedir para fotografar a mesma imagem, eu terei várias fotos diferentes" , destacou.O fotógrafo também ressaltou a responsabilidade e a importância do fotojornalismo como elemento de informação e transformação da realidade. "Com nossas fotos procuramos fazer com que as pessoas se sensibilizem, reflitam e mudem alguma coisa" , afirmou.Durante a palestra, alguns alunos puderam ler trechos de textos produzidos a partir das imagens dos fotógrafos da RAC. Ao ver uma foto produzida pelo repórter Carlos Souza Ramos sobre o Museu do Negro de Campinas, Letícia Sanantos, da 8ª série, se lembrou do avô, um homem negro, e acabou por escrever um texto que emocionou a classe (leia texto abaixo).Para a professora Ângela, o resultado não poderia ser melhor. "Esta foi a primeira escola a receber a exposição e o resultado foi excelente. O mais importante é esta oportunidade de aproximação entre os profissionais de uma redação de jornal, que geralmente são glamourizados, com a escola. Esta interação é muito enriquecedora" , concluiu.Em lembrança ao meu vôLembro-me que ele só usava camisas brancas, era um velho limpo e eu gostava dele por isso. Conhecia como ninguém os museus da cidade e gostava muito de sua origem africana. Como todos os homens daquela época era bravo e também me dava umas palmadas, mas hoje eu agradeço pois tudo que passamos serviu de lição!Chorávamos quando víamos alguma discriminação de cor, raça ou qualquer outro motivo, e ríamos muito porque éramos felizes. Naquela época todo mundo era feliz!Pena que ele se foi num dia de sol. Morreu dormindo. Chorei ao pensar que nada o substituirá e que eu ia ter que me acostumar com a situação. As camisetas brancas iam ser doadas, as brincadeiras não havia mais. Tudo ia junto com ele, menos o amor, que era tão grande que na hora parecia que saia um pedaço de mim. Doía no coração!Tive que me acostumar. Quatro anos se passaram e de hoje em diante só fica guardada a lembrança boa de tudo que passamos. Por isso é que eu digo ao homem negro de camisas brancas: vô, te amo!*Texto de Letícia Sanantos, aluna da 8ª série da escola "Gustavo Marcondes" , produzido a partir da foto do jornalista Carlos Souza Ramos mostrando o Museu do Negro.

Capoeira no Museu do Negro de Campinas


A Magia de uma cultura

O Museu do Negro foi criado em 2001 com a intenção de resgatar e divulgar a memória da comunidade negra na cidade. Pelo seu valor histórico e arquitetônico, a casa que atualmente abriga o museu foi tombada pelo Condepacc em maio de 2003. A casa foi construída entre 1911 e 1913 por Adão Bernardino dos Santos, cocheiro de origem negra, para ser residência de sua família. O imóvel abrigava também os carros e animais de transporte, e é um dos últimos exemplares restantes no bairro, que na época abrigou uma comunidade de negros e imigrantes italianos em meio às chácaras e casarões dos comerciantes e barões do café. História da comunidade negra é contada em fotos, vídeos e documentos. Dentro do acervo destaca-se uma "Carta de Cocheiro" emitida em nome do antigo proprietário da casa. Aulas de capoeira e música negra também são oferecidas no espaço.

Museu do Negro - Um ponto turítico

Conheça o Museu do Negro e outros pontos turísticos de Campinas
Para resgatar e divulgar a história da comunidade negra campineira, Campinas criou o Museu do Negro em 2001. A casa, que atualmente abriga o museu, é um dos principais patrimônios históricos da cidade. Ela foi construída entre 1911 e 1913 por Adão Bernardino dos Santos, cocheiro de origem negra, para a residência de sua família. Na época, o local servia como estacionamento de carros e animais de transporte. Hoje, o imóvel é um dos últimos exemplares restantes no bairro, que na época atendia uma comunidade de negros e imigrantes italianos em meio às chácaras e casarões dos comerciantes e barões do café. Quem visita o museu tem a oportunidade de conhecer um pouco da história dos negros através de fotos, vídeos e documentos. No acervo ainda encontra-se uma "Carta de Cocheiro" emitida em nome do antigo proprietário da casa. Os visitantes podem fazer aulas de capoeira, além de aprenderem um pouco mais sobre a cultura dos negros. Para quem gosta de história, a Academia Campinense de Letras é aberta ao público das 8h às 22h toda primeira segunda-feira de cada mês. O prédio remete os visitantes a uma viagem à Grécia, já que o local é caracterizado como um templo grego que invoca a concepção dórica do sexto século anterior a Cristo. Outro ponto turístico que pode ser visitado para aqueles que querem conhecer um pouco sobre o passado de Campinas é o Palácio dos Azulejos, residência de Joaquim Ferreira Penteado, o Barão de Itatiba. O local foi construído em taipa de pilão e tijolos e tem a fachada revestida em azulejos portugueses com estilo neoclássico. Atualmente, o prédio também abriga o Museu da Imagem e do Som. Os turistas ainda podem conhecer Campinas através das seis janelas da "Torre do Castelo". Lá de cima, os visitantes têm uma bela visão panorâmica, onde podem avistar o Aeroporto de Viracopos ou ainda outros municípios que fazem limite com Campinas. Este é o ponto mais alto do município, onde se encontra as principais emissoras de rádio da cidade. A "Torre do Castelo" era conhecida como "Castelo d água", pois foi criada em 1938 para abastecer os bairros que se formavam na região norte. A torre de 27 metros foi desenvolvida em uma região estratégica para o desenvolvimento urbano da cidade definido pelo Plano Prestes Maia na década de 1930. Atualmente, no local funciona o Museu Histórico da Sanasa, empresa de água e esgoto da cidade. A "Torre do Castelo" é aberta ao público aos sábados e domingos com visitas monitoradas.

Hip-Hop e Consciência Negra / Museu do Negro, um referência para a história do negro em Campinas e região




Como negra e integrante da Cultura Hip-Hop acredito que é de suma importância a informação e para tanto resolvi escrever sobre um museu que contribui muito para auto valorização da nossa historia e por isso a coluna Laboratório de idéias preparou uma edição muito mais que especial.O que é para alguns pode ser comum para outros é uma grande novidade principalmente para nós, para quem não sabe Campinas/SP foi à última cidade no Brasil a abolir a escravidão. Por isso essa matéria é mais do que especial, ela é importante para ressaltar a luta e a inteligência de nossos irmãos. Este Museu serve como referência a todos que se identificam com a luta dos negros no Brasil.Um abraço a todos e boa leitura.



Negra Ângela (N. A)







O MUSEU DO NEGRO DE CAMPINAS - (Breve Histórico)


O Museu do Negro de Campinas (MNC) se encontra em pleno Cambuí, um dos bairros mais sofisticados de Campinas e reduto da classe média da cidade. Mas sua História e a presença de um Museu Negro marca um legado da presença e resistência do negro em Campinas. O Cambuí já foi habitado pela comunidade negra, que dividia espaço com ricos donos de chácaras. A informação pode surpreender a maior parte das pessoas, mas retrata uma realidade incontestável. Prova disso é a casa localizada na rua Emílio Ribas, 1.468, construída no início do século 20 e que até hoje mantém características arquitetônicas originais, numa área onde predominam edifícios e estabelecimentos comerciais. Considerado um símbolo da luta pelo resgate da história da participação do negro na formação urbana do município, o imóvel, com cerca de 150 metros quadrados de construção e área total de 720 metros quadrados. A partir do inicio de 2002 tornou-se a sede do Museu do Negro de Campinas (MNC). A iniciativa da implantação do museu é de um grupo de pessoas vinculadas à Comunidade Negra de Campinas e o primeiro passo do projeto, que tem como objetivo a preservação da história do negro em Campinas, foi dado no final do ano passado, com o pedido de tombamento do imóvel junto ao Conselho de Defesa do Patrimônio Artístico e Cultural de Campinas (Condepacc). A solicitação acabou de ser avaliada e o Condepacc em 26 de junho aprovou o tombamento do imóvel.
Um grande incentivo para a montagem do museu é a existência de provas documentais confirmando que aquela área da cidade já foi reduto de famílias negras, que, no período pós-escravismo, conseguiram construir os imóveis com o próprio trabalho. Uma escritura do 1º Cartório de Registro de Imóveis Elvino Silva atesta: “…Uma pequena casa, terreno e quintal, à Rua n.º 1, no lote n.º 3, da Quadra n.º 2, medindo cinqüenta palmos de frente, por cento e cinqüenta ditos de fundo, no Bairro dos Cawboys (como era enominada aquela área – a grafia é a que consta no documento)…Nome e domicílio do adquirente: - Adão Geraldo dos Santos (avô do “seo” Agostinho)”. As primeiras peças do museu já estão no local. São fotos e cópias de documentos já expõem um pouco da história das famílias negras que ali habitavam. Entre outros estão uma Carta de Cocheiro emitida em nome de Adão Geraldo dos Santos, emitida em 17 de julho de 1912 e uma outra Carta de Cocheiro, em nome do pai de “seo” e Agostinho, emitida em 22 de março de 1922, um diploma de contribuinte da Associação Humanitária Operária Campineira, datado de janeiro de 1932; e cópias de documentos da Corporação Musical Campineira e da Liga Humanitária dos Homens de Cor- LHHC. O Museu em parceria com a Secretaria Municipal de Educação- SME/FUMEC, a Secretaria Municipal de Cultura, Esportes e Turismo- SMCET e a Coordenadoria de Assuntos da Comunidade Negra- CACN vem desenvolvendo o Projeto: “Memórias, Vivências e Histórias Negras”que tem como objetivos:Preservação e documentação das Memórias, Histórias e Vivências Negras. (aqui compreendido elemento material e imaterial: fotos, documentos, pinturas, sons, lembranças/histórias contadas por pessoas da comunidade negra, quando possível documenta-las em suporte de vídeo, áudio, escrita etc.) Introdução na Escola/Educação de Memórias, Vivências e Histórias Negras. (Para alem daquelas presentes nos livros didáticos, incorporando as Memórias, Vivências e Historias de pessoas que estão presentes no ambiente de nossas crianças e adolescentes, que muitas vezes não são percebidas ou legitimadas na escola, e portanto não reconhecidas pelos nossos alunos). Introdução na Escola/Educação de imagens negras em importante e diferentes papeis sociais.(sem desmerecer aqueles de pouco destaque, mas fugindo dos estereótipos tão comuns ainda, embora reconhecendo que tem havido progressos).
Sensibilização dos profissionais da educação: Professores, especialistas, diretores, coordenadores pedagógicos para atuarem como atores/protagonistas no resgate das Memórias, Vivências e Histórias Negras. (a participação dos profissionais da Educação é de fundamental importância neste projeto, dado que estas Memórias, Vivências e Histórias Negra não são estranhas ao seu cotidiano, elas apenas são vistas fora de contexto ou entôo de forma fragmentada, e às vezes não percebidas como fontes importantes do processo educacional). Apropriação por parte da SME e comunidade escolar de imagens positivas sobre o Povo Negro. (estas imagens de múltiplos significados estão presentes na comunidade, mas que aparecem no ambiente escolar apenas nas datas comemorativas, diluídas portanto de sua dimensão plural e que atua na comunidade em diferentes papeis sociais). Resgate das Memórias, Vivências e Historias Negras a partir de alunos, familiares e profissionais da SME/FUMEC. (trata-se de envolver alunos, familiares, profissionais da rede, muito destes negros na descobertas de imagens positivas, presentes em suas comunidades).




Outras atividades do Museu do Negro



O Museu do Negro além das atividades de gravação de depoimentos de personalidades da comunidade negra de Campinas (através de equipamentos emprestados e por períodos curtos), também na sede do Museu são ministrados aulas de Capoeira (17 pessoas) e musica (vários instrumentos) e em breve estará sendo constituído um “Coral de Vozes Negras”. Na musica ao todo são atendidas cerca de 72 pessoas.- Visitantes do Museu até 24/06/2003: 174 pessoas. Seguem em arquivo eletrônico: Fotos sobre o Museu e atividades ali desenvolvidas;
Atenciosamente,



Agostinho dos Santos (Seo Agostinho),Leonice Sampaio Antonio (Tia Nice do Acarajé),Professor Dr. Geraldo Ferreira Mendes, Maurílio X ,Museu do Negro de Campinas- MNCR ua Emílio Ribas, 1468Cambuí, Campinas/SP- CEP 130250142Fone: (19) 3254 3621/ 9605 6125e-mail: museudonegrodecampinas@gmail.com

História Negra - Semana 3 - Ano IV, n°32 - julho de 2005

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Núcleo de Samba Cupinzeiro faz roda de samba no Museu do Negro de Campinas em comemoração ao seu 4º aniversário



Shows e Rodas no Museu do Negro

O Núcleo de Samba Cupinzeiro inicia as comemorações de seu 4º aniversário com uma grande roda de samba aberta a todos os músicos da cidade, a partir das 18h, no Museu do Negro. Além da roda, será inaugurada uma exposição de fotografias antigas do carnaval campineiro das décadas de 1940 e 60, parte da pesquisa do núcleo. Estas imagens, cedidas pelo Centro de Memória da Unicamp, mostram detalhes do carnaval paulista, como a formação dos blocos e a presença dos "balizas", figuras que desapareceram com a adoção do modelo de carnaval carioca.A programação do aniversário se estenderá pelo mês de junho e aos poucos iremos noticiando por aqui.

Museu do Negro: Rua Emilio Ribas, 1468 - Cambui, Campinas
Horário: das 18 às 22h Entrada franca.


RODA DE SAMBA NO MUSEU DO NEGRO

Neste dia o Núcleo de Samba Cupinzeiro inicia as comemorações de seu 4º aniversario convidando todos os sambistas da cidade para participarem conosco da roda, garantindo muito samba bom e muitas historias interessantes. Alem da roda, acontecera uma exposição de fotografias antigas do carnaval campineiro das décadas de 40 e 60, parte da pesquisa do núcleo. Estas imagens, gentilmente cedidas pelo Centro de Memória da Unicamp, apresentam detalhes importantes e singulares do carnaval paulista, como a formação dos blocos e a presença dos “balizas” figuras que desapareceram com a adoção do modelo de carnaval carioca. Alem das fotos sobre samba temos ainda uma serie de quatro fotografias sem identificação que foram encontradas no lixo, são retratos singulares e belissimos de crianças negras feitas por profissionais.

LOCAL: MUSEU DO NEGRO – Rua Emilio Ribas, 1468 - Cambuí
HORARIO: DAS 18 AS 22H


Dia 20 às 20h
Atividade cultural com o grupo de samba de raiz Cupinzeiro
Exposição de Fotos Afros – Museu do Negro




O cupinzeiro

O samba tem sua origem mais remota na África. Trazido para o Brasil pelos negros escravizados, em São Paulo, ele se estruturou e fortaleceu primeiramente nas grandes fazendas. Suas raízes se mantiveram fortemente rurais por longo tempo e ele foi chamado ora de samba de roda, ora de samba de bumbo ou de samba rural pelos intelectuais que o estudaram nos anos 30, como o escritor e folclorista Mário de Andrade. Aos poucos, esse samba chega ao território urbano, principalmente através das festas profano-religiosas. "Era uma estratégia para que fosse aceito, pois se louvava santo que estava sendo homenageado, cantando e dançando, como na festa de São Benedito ou de Santa Cruz. A dança deixava de ser então, uma dança de negro com fundamento, isto é, ligada a práticas religiosas africanas", diz Simson.

Memória do samba paulista

Mesmo quando o samba já se urbanizava com os cordões carnavalescos, os sambistas da cidade, negros e imigrantes, que viviam nas regiões pobres da cidade de São Paulo, voltavam uma vez por ano para São Bom Jesus de Pirapora para encontrar grupos vindos do interior, de cidades como Tietê, Capivari, Campinas e Piracicaba.Nesses encontros ocorriam acirradas disputas de sambas, feitos de improviso. Simson acredita que nessas ocasiões os paulistanos alimentavam suas raízes e tradições afro-rurais que levavam de volta para a cidade, onde criavam novos sambas para os cordões do carnaval. O samba de roda se tornou uma manifestação cultural tão importante que chegou a influenciar o compositor erudito campineiro Carlos Gomes. Ele compôs uma peça intitulada Quilombo, Quadrilha Brasileira sobre os Motivos dos Negros. A peça está subdividida em cinco partes: Cayumba, Bananeira, Quingobo, Bamboula e Final.
Nos anos 40 e 50 do século XX, vários cordões já estavam estabelecidos no carnaval paulistano, como o Vai-Vai e o Camisa Verde e Branco, importantes escolas de samba da atualidade. Entretanto, fazer samba era viver no limite entre a legalidade e a marginalidade. Os desfiles nos cordões, cheios de evoluções para agradar o público, ocorriam sob permissão cuidadosamente negociada com a polícia.
Retomada da tradição

O Núcleo de Sambistas e Compositores do Cupinzeiro é um dos grupos que integram um processo de retomada da tradição musical do samba de roda. Formado por membros da comunidade de Campinas, por alunos dos cursos de música popular e erudita do Instituto de Artes da Unicamp e por pesquisadores da área de ciências sociais e letras, o objetivo do Núcleo é reconstruir a memória do samba paulista. Para Edu de Maria, integrante do Grupo, o papel do músico vai muito além do entretenimento. Ele deve também formar e informar o público. "A música não deve ser apenas um produto para o consumo", diz. Na palestra/roda de samba, o público tem a chance de entender o contexto de produção musical dos sambas, percebendo a relevância da tradição rural no samba paulista que conhecemos e ouvimos hoje.

Museu do Negro - Cenas quentes e vibrantes - Ver & Ouvir - agosto de 2005




História Negra - Semana 3 - Ano IV, n°32 - julho de 2005

Pintor autodidata resgata a história da comunidade Negra - Correio Popular - 7 de Agosto de 2005

Escolas públicas visitam o Museu do Negro - Diário Oficial - 27 de novembro de 2004

Museu do Negro é tesouro á espera de novos investimentos - Correio Popular - 14 de dezembro de 2003


Mais de 500 visitam a memória da cultura negra em Campinas - Diário Oficial - 12 de agosto de 2003

Museu do Negro de Campinas é música, dança e arte - Diário Oficial - 31 de outubro de 2003


Condepacc tomba o Museu do Negro - Folha de São Paulo - 6 de julho de 2003

Museu do Negro é tombado pelo Condepacc - Correio Popular - 30 de junho de 2003


Museu do Negro de Campinas- Um resgate necessário - sexta-feira - 25 de abril de 2003







Museu do negro de Campinas resgata o poeta Solano Trindade - Novembro de 2002

Campinas pode ganhar o primeiro Museu do Negro - Correio Popular - 22 outubro de 2002